sábado, 7 de maio de 2011

UM TRIBUTO ESPECIAL

      Na vida moderna, a mulher é impelida a deixar seu lar e exercer um papel mais ativo e participar na sociedade. Hoje, vemo-la em todos os setores, atuante, competente, na luta pelo seu espaço, em pé de igualdade com os homens.
     A propósito de tudo isto, quero lembrar, sobretudo, sem desmerecer as demais, a mulher que além dos compromissos profissionais que assume, tem a missão árdua – sublime de ser mãe. É a esta classe feminina para quem venho render o meu tributo especial.
      A mãe professora, que sai, não raro, de manhã cedo para sua escola, educar filhos de outras mães, tendo que muitas vezes esquecer seus problemas pessoais, sabendo que seus próprios filhos talvez precisassem um pouco mais de atenção e dedicação.
      A mãe médica que vive 24 horas em disponibilidade para seus clientes, e, no entanto, é até forçada a negligenciar no tratamento de um filhinho enfermo.
     A mãe secretária, que tem que abdicar de suas tarefas de administração do próprio lar, para servir um chefe nem sempre tão compreensivo e agradecido.
    A mãe artista que vive tempo integral nos palcos de teatro, circos, boates, estúdios de TV, emissoras de rádio... Sem falar nas horas que gasta em ensaios, treinamentos, cuidados com a aparência, tão indispensáveis, compromissos sociais. Sei de algumas que passam até semanas sem ver os filhos, pois em determinados momento, por força de contrato, mudam até de cidade.
      Louvo também a mãe empregada doméstica, a cuidar do lar alheio, sempre impecável e a deixar o seu em desalinho, relegando seus filhinhos a mercê de si mesmos, sozinhos, pois necessita sair pra ganhar o sustento da família.
      Não esquecerei as mães operárias, comerciárias, bancárias, advogadas, engenheiras, enfim, são tantas, inumeráveis. Seria impossível citar todas. Só sei que são elas o sustentáculo de nossa nação: humildes, altivas, cultas, analfabetas, pobres, abastadas, formam um batalhão que acima do justo  interesse financeiro, almejam algo mais: participar no contexto da vida, dar  sua contribuição, a sua parcela , coisa que talvez não pudessem  realizar se ficassem confinadas em suas casas. Seus filhos, tenho certeza, embora percam algumas horas de sua convivência, serão compensados pois terão uma mãe realizada enquanto pessoa humana, portanto mais feliz, equilibrada, em  maiores condições de lhes passarem sua experiência de vida.
    Façamos justiça a essas mães batalhadoras, por vezes tão criticadas, supostamente julgadas como descuidadas em seu apostolado materno. Elas estão aí, em todos os lugares, construindo este Brasil novo.
    Rendamos também a elas, no dia de hoje e sempre a nossa homenagem.

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