segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O MAR E A VIDA


      Olhei o mar. Contemplei a sua imensidão...Vi o fluxo e refluxo das ondas. Elas iam e vinham, pra lá e pra cá, pra lá e pra cá... Perdi-me nessa doce visão. Ela trazia-me à tona a própria vida, que é um constante vai-vem de coisas boas e coisas ruins. A vida traz, a vida tira; a vida dá, a vida toma. Hoje ela nos dá a felicidade, nos regozijamos com uma vã alegria, nos embriagamos em delírios de expansão do nosso eu interior que se encontra livre.




        Amanhã, a mesma vida nos tira aquele contentamento e nos deixa com a tristeza, solitários. Nosso eu torna a retrair-se e se esconde nos refolhos da alma, acabrunhado e triste.

        Olhei o mar e pensei:
O mar em seu círculo vicioso de levar e trazer as ondas é como a vida. Ora o  mar parece rude e agressivo: suas potentes ondas parecem querer tragar a terra. É a felicidade que vem em seu ímpeto avassalador, querendo num só momento aurir de todas as coisas boas do mundo.


Ora o mar que se nos apresenta meigo e sereno. É a tristeza que nos invade o ser: é a grande portadora de equilíbrio, que a cada momento que vem,  nos prova a grandeza de Deus, que nos faz experimentar os dois estados ( tristeza e alegria), para que sintamos que todo extremismo exagerado é porta aberta ao próprio mal.
(Por Sandra P. da Cruz em 14/07/78)

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