O QUE DIZER?
O que dizer das mães que nunca o foram?
O que dizer das que, sem o ter sido, de fato,
O são, tão infinitamente, por direito...
O que dizer dos seus sonhos e planos malogrados?
Mais talvez do que tantas,
Elas cumprem um destino ignorado
Que ninguém vê ou pressente
E só eu sinto, bem sei por quê...
A tarefa de se dar -na doce entrega constante,
O doar-se ao mundo, ir nele adotando
Os filhos que a vida vai lhe trazendo.
Seja por opção, mero acaso ou sina,
É da mesma forma plena e sublime:
Ser mãe, sem o ser, e ir assim mesmo sendo.
(E SÓ EU VEJO, BROTAR A CADA HORA
DE TI ,
UMA FLOR)
( Por Sandra Pereira da Cruz em 1987)
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